Sunday, June 5, 2011

Você decide ...

Daqui a umas horas, começa a corrida dos portugueses às urnas …
E quem acha que o seu voto pode mudar alguma coisa de substancial …
Lamento informar, mas engana-se redondamente …

Assistimos nas últimas semanas a uma campanha eleitoral que mais pareceu uma conversa de surdos …
De um lado, políticos a gritarem baboseiras sem qualquer conteúdo ...
Do outro, os tugas a assobiarem para o lado e a queixarem-se da vida que levam …

O povo queixa-se que não é esclarecido … tem razão … mas prefere ser esclarecido sobre o novo modelo de telemóvel que acabou de sair do que sobre as propostas políticas dos partidos …
O povo queixa-se de quem (mal) nos governou ultimamente … tem razão … mas esquece-se de quem o elegeu …
O povo queixa-se do desbaratar de dinheiro dos anteriores governos … tem razão … mas esquece-se do que já aproveitou à conta disso …
O povo queixa-se que os partidos não discutem o essencial … tem razão … mas desde quando os tugas sabem ou querem saber do que é essencial ???

Mas nada disto é novo, não passa de mais um triste capítulo da nossa história, mais batida que as novelas da TVI …
A história da nossa democracia é composta por maus presidentes, governantes aselhas, péssimos deputados e abéculas no papel de gestores públicos …
Pior que isto tudo, é não querermos saber dos verdadeiros culpados deste filme de terror …
Porque a culpa não é dos maus, nem dos aselhas, muito menos dos péssimos ou mesmo das abéculas …

A culpa é toda nossa (do povo, pá!!!)
Se lá estão é porque os escolhemos … se estamos arrependidos, nada fizemos para mudar …

Na hora de encontrar culpados, não vale a pena chorar, nem procurar muito … quando as coisas correm mal, o melhor exercício a fazer é olhar-nos ao espelho e vermos o que, de melhor, poderíamos ter feito …
Neste domingo, independentemente de votarmos Passos, Sócrates, irmos à praia apanhar sol ou ao monte apanhar gambozinos, a verdadeira escolha a fazer é se queremos continuar com as queixas ou se pretendemos começar a agir …

Cada um de nós deita-se na cama que faz …

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