A Boa Professora ...

Depois de toda a polémica com a questão da avaliação dos professores, surge agora um outro caso, não menos polémico, mas que está intimamente ligado à questão da avaliação.
Falo do caso da professora de Mirandela que foi suspensa pela Câmara local, por ter posado nua para a Playboy.
A Câmara justificou a suspensão com o facto de o caso ter provocado “alarme social na comunidade educativa”.
A única questão que aqui deveria estar aqui em causa seria aferir se a professora é boa (ou não) na sua actividade … lectiva.
O que nos leva de imediato para a questão da avaliação dos professores.
Quem pretende despedir esta professora só o faz porque é contra a avaliação dos professores, talvez com medo de não cumprir os requisitos da professora Bruna.
E nisto, eu não podia estar mais em desacordo: se eu sou avaliado todos os dias pelo trabalho que desenvolvo, por que razão não podem os professores ser avaliados?
Apenas importa saber se a professora Bruna é boa … professora.
Como a imagem abaixo bem documenta, a resposta é claramente positiva, pelo que a decisão da Câmara de Mirandela só se explica por um apoio encapotado à causa dos professores contra a sua própria avaliação.

Colocando de parte o problema filosófico das medidas da professora Bruna e da defesa (ou não) da avaliação dos professores, outras questões me preocupam:
Quem indemniza os alunos que vão perder o privilégio de serem ensinados pela maestra Bruna?
Quem se preocupa com o facto de a professora Bruna - a acreditar nas últimas notícias sobre os problemas financeiros da Playboy – poder não ter recebido o cachet da revista?
Despedindo-se alguém por ser uma boa professora (ou professora boa), quem explica este sentido de in(justiça) à nossa juventude?

E já agora, por que é que no meu tempo de escola não havia nada disto?